Usuário:Miriam Morata: mudanças entre as edições

De Mapa movimentos
(Resumo Biografia de Miriam Morata Novaes, com link para página do projeto inserido no Mapa Mov Saúde)
 
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<big>Meu nome é Miriam Morata Novaes, sou Arquiteta.</big>
Meu nome é Míriam Morata Novaes, sou arquiteta, moro em uma chácara na Serra da Cantareira em São Paulo, junto com meu cachorro Wotan (um dos nomes do deus Odin, pai do Thor na mitologia germânica), muitas árvores, passarinhos, gambás, macaquinhos, jacus, lagartixas, lagartos, etc.


Em 2006 meu pai foi diagnosticado com '''Alzheimer''', nunca tinha ouvido falar nessa doença, para saber o que era isso, procurei nos sites de busca e só consegui encontrar textos científicos, ou informações para pessoas da área da saúde. Resolvi criar um blog para contar o início do pesadelo, o diagnóstico, a rotina e a experiência aterradora da impotência e despedida.
Sou solteira, sem filhos e tenho 65 anos.


Sou péssima cozinheira, adoro cinema, música, literatura, artes plásticas e natureza. Meu signo é câncer com ascendente em sagitário, sou budista e respeito profundamente todas as religiões, mas nem todos os religiosos.


Em 2007 meu pai faleceu e eu parei com o blog, criei a '''“ONG RECRIAR.COM.VOCÊ” (http://www.recriarcomvoce.com.br/blog_recriar/<nowiki/>)''' , com objetivo de - <u>“Construir uma casa popular sustentável</u> cujo valor máximo seria R$ 10.000,00 e ensinar moradores de comunidades e ocupações a construir essa casa, fazer os componentes e a tecnologia".
Adoro comer arroz e feijão com banana, ou abacaxi, não gosto de massas, nem pimenta. Minhas bebidas prediletas são água de coco, sucos, cerveja (com gelo, limão e sal) e tequila. Meu prato preferido é arroz, feijão, frango a passarinho, uva passa, salada de tudo e banana. Ah! Coloco limão em tudo, até no amendoim e como pelo menos dois limões por dia.


Nesse período fui convidada para desenvolver esse projeto como tema de Doutorado na UNICAMP, terminei os créditos, mas precisei interromper porque em 2013 minha mãe começou a apresentar sinais de demência, retomei o blog e o pesadelo chamado <u>Alzheimer.</u>
Todas as manhãs eu visto minha capa de Esperança, dispo a Alma, e me preparo para inventar meu dia.


Continuei anotando a rotina, o medo, a orfandade, o desgaste físico, emocional e espiritual... até dezembro de 2015 quando mamãe faleceu e eu desabei.
Minhas frutas preferidas são pinha, caqui, atemóia, lichia, manga, banana, abacaxi, pera, mexerica... acho que todas, (exceto pitaya, coisinha mais sem graça) adoro frutas e verduras.


Em 2017 lancei o livro '''“Alzheimer - Diário do Esquecimento”''', o primeiro livro da trilogia que me propus a escrever, sobre a experiência visceral e assustadora, de uma filha que cuidou do pai e mãe, portadores da <u>Doença de Alzheimer</u>. Nesse livro eu conto o início do pesadelo, o diagnóstico a rotina e a experiência aterradora da impotência e despedida, ou seja, o material que documentei no blog.
Amo aprender, então fiz a primeira faculdade na PUC-SP em Filosofia, depois veio a Arquitetura, mestrado em Ciência da Religião e uma dezena de cursos deliciosos, desde sânscrito até desenho com modelo vivo.
[[Arquivo:Alzheimer Diario do Esquecimento.png|esquerda|miniaturadaimagem|133x133px]]
Para divulgar meu livro eu criei uma página no Facebook – [https://www.facebook.com/miriammnovaes '''“Alzheimer Diário do Esquecimento”'''] e a foto dos meus pais se tornaram a “logo” da página.


Através dessa página eu descobri que não era a única pessoa do mundo, que cuidava de alguém amado, sem saber nada sobre saúde, direitos, terapias, coragem, medos, angustia, morte lenta e órfãos de pais vivos...  
Tive um pequeno jornal que amava – Magus, trabalhei com projetos de arquitetura, decoração, acompanhamento e execução de obras de arquitetura, dei aulas de desenho técnico, decoração e cenotécnica, no período em que trabalhei como cenógrafa no teatro.


Então criei dois grupos e um sonho mostrar a realidade e o perfil do cuidador familiar, oferecer apoio, voz, informação, buscar caminhos para criar Políticas Públicas, Programas Sociais que amparem esses <u>milhões de cuidadores familiares</u>, Leis, Estatuto do Cuidador Familiar, elaborar Cursos Gratuitos e Material didático com informações de qualidade, buscar programas sociais e políticas públicas.
Quando minha mãe começou a apresentar os primeiros sintomas de <u>Alzheimer</u>, eu estava terminando os créditos para doutorado em Arquitetura sustentável na UNICAMP, que fica à 1 hora da minha casa, mas embora tenha terminado os créditos, não consegui terminar a tese porque mamãe piorou e eu não tinha como sair de perto dela.
 
Sou presidente de uma <u>ONG – recriar.com.você</u> que tem como proposta desenvolver uma casa popular, utilizando materiais e sistemas construtivos sustentáveis de baixo custo, e ensinar moradores de comunidades carentes, a construí-la. Também queremos levar horta doméstica e urbana, para moradores de comunidades carentes e áreas urbanas.
 
E agora estou projetando os primeiros traços da Ecovila para acolher meus amigos que começam a aventura de envelhecer.
 
Quando papai adoeceu parei tudo para cuidar dele... Depois de 8 anos que papai morreu parei de novo... era a vez da minha mãe.
 
Quando mamãe adoeceu perdi o chão e estou retomando minha vida agora, porque depois do <u>Alzheimer</u> vem o rebote, além de lidar com todo desequilíbrio, dividas, costas e ombros estourados... ainda tem a frustração por não ser mais forte que a doença e a Morte.
 
Quando cuidei de minha mãe nunca tinha trocado fralda, não conseguia sequer colocar band-aid sem grudar as duas pontas, passava muito mal se visse sangue... mas mamãe tinha câncer de pele e eu aprendi a fazer curativo, trocar fralda, fazer sopa, medir pressão e diabetes. Aprendi um monte de outras coisas, que tento contar um pouco por dia para meus amigos cuidadores e para mim, na tentativa desesperada de olhar para o abismo, sem que ele também olhe para mim e seduza.
 
Escrevi 7 livros, sendo 3 sobre minha experiência como cuidadora dos meus pais
[[Arquivo:Livros sobre Alzheimer Miriam Morata Novaes.jpg|esquerda|miniaturadaimagem|221x221px]]
 
 
<big>Alzheimer Diário do Esquecimento,</big>
 
<big>Alzheimer Recolhendo os Pedaços,</big>
 
<big>Alzheimer Assombro e Cura do Cuidador.</big>
 
 
 
O último é sobre minha vida com o Wotan - meu vira-lata lindo que amo de paixão e tudo que aprendo com ele.
 
Muito prazer!
 
Míriam Morata


'''<big>Acesso aos Grupos:</big>'''
'''<big>Acesso aos Grupos:</big>'''


* [[Alzheimer - Cuida de Mim!!!|<big>'''Alzheimer - Cuida de Mim!!!'''</big>]]
* [[Alzheimer - Cuida de Mim!!!|<big>'''Alzheimer - Cuida de Mim!!!'''</big>]]
* [https://www.facebook.com/groups/181285675769255 '''<big>Alzheimer diário do esquecimento</big>''']
* [https://www.facebook.com/groups/181285675769255 '''<big>Alzheimer Diário do Esquecimento</big>''']


=== [[Cuida de mim - Alguém que eu Amo tem Alzheimer|E assim nasceu o “CUIDA DE MIM – Alguém que eu Amo tem Alzheimer” *]] ===
=== [[Cuida de mim - Alguém que eu Amo tem Alzheimer|E assim nasceu o “CUIDA DE MIM – Alguém que eu Amo tem Alzheimer” *]] ===

Edição atual tal como às 17h16min de 9 de setembro de 2024

Meu nome é Míriam Morata Novaes, sou arquiteta, moro em uma chácara na Serra da Cantareira em São Paulo, junto com meu cachorro Wotan (um dos nomes do deus Odin, pai do Thor na mitologia germânica), muitas árvores, passarinhos, gambás, macaquinhos, jacus, lagartixas, lagartos, etc.

Sou solteira, sem filhos e tenho 65 anos.

Sou péssima cozinheira, adoro cinema, música, literatura, artes plásticas e natureza. Meu signo é câncer com ascendente em sagitário, sou budista e respeito profundamente todas as religiões, mas nem todos os religiosos.

Adoro comer arroz e feijão com banana, ou abacaxi, não gosto de massas, nem pimenta. Minhas bebidas prediletas são água de coco, sucos, cerveja (com gelo, limão e sal) e tequila. Meu prato preferido é arroz, feijão, frango a passarinho, uva passa, salada de tudo e banana. Ah! Coloco limão em tudo, até no amendoim e como pelo menos dois limões por dia.

Todas as manhãs eu visto minha capa de Esperança, dispo a Alma, e me preparo para inventar meu dia.

Minhas frutas preferidas são pinha, caqui, atemóia, lichia, manga, banana, abacaxi, pera, mexerica... acho que todas, (exceto pitaya, coisinha mais sem graça) adoro frutas e verduras.

Amo aprender, então fiz a primeira faculdade na PUC-SP em Filosofia, depois veio a Arquitetura, mestrado em Ciência da Religião e uma dezena de cursos deliciosos, desde sânscrito até desenho com modelo vivo.

Tive um pequeno jornal que amava – Magus, trabalhei com projetos de arquitetura, decoração, acompanhamento e execução de obras de arquitetura, dei aulas de desenho técnico, decoração e cenotécnica, no período em que trabalhei como cenógrafa no teatro.

Quando minha mãe começou a apresentar os primeiros sintomas de Alzheimer, eu estava terminando os créditos para doutorado em Arquitetura sustentável na UNICAMP, que fica à 1 hora da minha casa, mas embora tenha terminado os créditos, não consegui terminar a tese porque mamãe piorou e eu não tinha como sair de perto dela.

Sou presidente de uma ONG – recriar.com.você – que tem como proposta desenvolver uma casa popular, utilizando materiais e sistemas construtivos sustentáveis de baixo custo, e ensinar moradores de comunidades carentes, a construí-la. Também queremos levar horta doméstica e urbana, para moradores de comunidades carentes e áreas urbanas.

E agora estou projetando os primeiros traços da Ecovila para acolher meus amigos que começam a aventura de envelhecer.

Quando papai adoeceu parei tudo para cuidar dele... Depois de 8 anos que papai morreu parei de novo... era a vez da minha mãe.

Quando mamãe adoeceu perdi o chão e estou retomando minha vida agora, porque depois do Alzheimer vem o rebote, além de lidar com todo desequilíbrio, dividas, costas e ombros estourados... ainda tem a frustração por não ser mais forte que a doença e a Morte.

Quando cuidei de minha mãe nunca tinha trocado fralda, não conseguia sequer colocar band-aid sem grudar as duas pontas, passava muito mal se visse sangue... mas mamãe tinha câncer de pele e eu aprendi a fazer curativo, trocar fralda, fazer sopa, medir pressão e diabetes. Aprendi um monte de outras coisas, que tento contar um pouco por dia para meus amigos cuidadores e para mim, na tentativa desesperada de olhar para o abismo, sem que ele também olhe para mim e seduza.

Escrevi 7 livros, sendo 3 sobre minha experiência como cuidadora dos meus pais


Alzheimer Diário do Esquecimento,

Alzheimer Recolhendo os Pedaços,

Alzheimer Assombro e Cura do Cuidador.


O último é sobre minha vida com o Wotan - meu vira-lata lindo que amo de paixão e tudo que aprendo com ele.

Muito prazer!

Míriam Morata

Acesso aos Grupos:

E assim nasceu o “CUIDA DE MIM – Alguém que eu Amo tem Alzheimer” *