Usuário:Miriam Morata

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Meu nome é Míriam Morata Novaes, sou arquiteta, moro em uma chácara na Serra da Cantareira em São Paulo, junto com meu cachorro Wotan (um dos nomes do deus Odin, pai do Thor na mitologia germânica), muitas árvores, passarinhos, gambás, macaquinhos, jacus, lagartixas, lagartos, etc.

Sou solteira, sem filhos e tenho 65 anos.

Sou péssima cozinheira, adoro cinema, música, literatura, artes plásticas e natureza. Meu signo é câncer com ascendente em sagitário, sou budista e respeito profundamente todas as religiões, mas nem todos os religiosos.

Adoro comer arroz e feijão com banana, ou abacaxi, não gosto de massas, nem pimenta. Minhas bebidas prediletas são água de coco, sucos, cerveja (com gelo, limão e sal) e tequila. Meu prato preferido é arroz, feijão, frango a passarinho, uva passa, salada de tudo e banana. Ah! Coloco limão em tudo, até no amendoim e como pelo menos dois limões por dia.

Todas as manhãs eu visto minha capa de Esperança, dispo a Alma, e me preparo para inventar meu dia.

Minhas frutas preferidas são pinha, caqui, atemóia, lichia, manga, banana, abacaxi, pera, mexerica... acho que todas, (exceto pitaya, coisinha mais sem graça) adoro frutas e verduras.

Amo aprender, então fiz a primeira faculdade na PUC-SP em Filosofia, depois veio a Arquitetura, mestrado em Ciência da Religião e uma dezena de cursos deliciosos, desde sânscrito até desenho com modelo vivo.

Tive um pequeno jornal que amava – Magus, trabalhei com projetos de arquitetura, decoração, acompanhamento e execução de obras de arquitetura, dei aulas de desenho técnico, decoração e cenotécnica, no período em que trabalhei como cenógrafa no teatro.

Quando minha mãe começou a apresentar os primeiros sintomas de Alzheimer, eu estava terminando os créditos para doutorado em Arquitetura sustentável na UNICAMP, que fica à 1 hora da minha casa, mas embora tenha terminado os créditos, não consegui terminar a tese porque mamãe piorou e eu não tinha como sair de perto dela.

Sou presidente de uma ONG – recriar.com.você – que tem como proposta desenvolver uma casa popular, utilizando materiais e sistemas construtivos sustentáveis de baixo custo, e ensinar moradores de comunidades carentes, a construí-la. Também queremos levar horta doméstica e urbana, para moradores de comunidades carentes e áreas urbanas.

E agora estou projetando os primeiros traços da Ecovila para acolher meus amigos que começam a aventura de envelhecer.

Quando papai adoeceu parei tudo para cuidar dele... Depois de 8 anos que papai morreu parei de novo... era a vez da minha mãe.

Quando mamãe adoeceu perdi o chão e estou retomando minha vida agora, porque depois do Alzheimer vem o rebote, além de lidar com todo desequilíbrio, dividas, costas e ombros estourados... ainda tem a frustração por não ser mais forte que a doença e a Morte.

Quando cuidei de minha mãe nunca tinha trocado fralda, não conseguia sequer colocar band-aid sem grudar as duas pontas, passava muito mal se visse sangue... mas mamãe tinha câncer de pele e eu aprendi a fazer curativo, trocar fralda, fazer sopa, medir pressão e diabetes. Aprendi um monte de outras coisas, que tento contar um pouco por dia para meus amigos cuidadores e para mim, na tentativa desesperada de olhar para o abismo, sem que ele também olhe para mim e seduza.

Escrevi 7 livros, sendo 3 sobre minha experiência como cuidadora dos meus pais


Alzheimer Diário do Esquecimento,

Alzheimer Recolhendo os Pedaços,

Alzheimer Assombro e Cura do Cuidador.


O último é sobre minha vida com o Wotan - meu vira-lata lindo que amo de paixão e tudo que aprendo com ele.

Muito prazer!

Míriam Morata

Acesso aos Grupos:

E assim nasceu o “CUIDA DE MIM – Alguém que eu Amo tem Alzheimer” *