MapaMovSaúde e a boa nova para os movimentos sociais

De Mapa movimentos
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Dezembro já avança e 2024 vai se despedindo. Um ano com diversos motivos para ser relembrado pelos movimentos sociais brasileiros, em especial pelos eventos e pelas ferramentas que ampliaram e estimularam sua capacidade de auto-organização e de trazer suas pautas para o debate social. Uma das boas novas deste ano foi o lançamento da plataforma do Mapa Colaborativo dos Movimentos Sociais em Saúde – MapaMovSaúde.

Ainda que o lançamento oficial do projeto tenha ocorrido em julho de 2023, na 17ª Conferência Nacional de Saúde, e as primeiras ações já tivessem seguido no ano anterior, foi neste 2024 que muitas das ideias ganharam forma. Essas definições foram tomadas no seminário de governança, que teve a participação da Assessoria de Participação Social e Diversidade (APSD), Departamento de Gestão Interfederativa e Participativa (DGIP), ambos do Ministério da Saúde, do Conselho Nacional de Saúde (CNS), do Instituto de Informação Científica e Tecnológica em Saúde (ICICT/Fiocruz), do Centro Brasileiro de Estudos em Saúde (Cebes) e da Organização Panamericana da Saúde (OPAS).

Em setembro já estávamos com tudo pronto para o lançamento da plataforma, realizado no dia 12, no plenário da OPAS, durante a reunião mensal do CNS. O evento contou com a presença de autoridades, como o ministro Márcio Macêdo, da Secretaria Geral da Presidência da República e o secretário executivo do Ministério da Saúde, Swedenberger Barbosa; a assessora chefe da APSD/MS, Lucia Souto, o diretor do ICICT, Rodrigo Murtinho, o presidente do CNS Fernando Pigatto, entre outras e outros conselheiros nacionais de saúde e lideranças do movimento social.

Com a plataforma já no ar, iniciamos um importante trabalho de convidar e capacitar os movimentos sociais que já haviam se cadastrado a escreverem suas primeiras histórias no MapaMovSaúde. Propor diálogos e apresentar iniciativas dos movimentos sociais, outras marcas do projeto, também ganharam materialidade. Realizamos nosso primeiro webinário em 28 de outubro, promovendo o encontro de lideranças do Movimento Sem Terra (MST), Movimento Atingidos por Barragens (MAB) e Movimento dos Atingidos pela Mineração (MAM) para debater a emergência climática e a participação social na transição socioecológica, com a participação também da coordenadora executiva da 5ª Conferência Nacional do Meio Ambiente (CNMA-2025). O conteúdo está disponível no YouTube, no canal do Mapa. Nas redes sociais, estamos também no Instagram e no Facebook.

Estar em contato com os movimentos em seus territórios é outra tarefa do MapaMovSaúde. Os movimentos sociais de Fortaleza foram os primeiros a participarem de uma oficina presencial do projeto, realizada dentro da programação do 5º Congresso Brasileiro de Política, Planejamento e Gestão da Saúde, realizado pela Associação Brasileira de Saúde Coletiva (Abrasco) em 3/11, além de compor a mesa-redonda “A Ciência Participativa para o SUS”.

Outro grande evento no qual marcamos presença foi o G20 Social, realizado no Rio de Janeiro, nos dias 14 e 15 de novembro. Juntamente com o Movimento Atingidos por Barragens (MAB), DataLab e o projeto Wikifavelas, o MapaMovSaúde realizou um importante debate sobre os desafios da participação social na articulação entre redes territoriais e digitais. A atividade teve a presença da Ministra da Saúde Nísia Trindade que destacou a importância da ferramenta para articulação das pautas da saúde trazidas pelos movimentos.

Neste dezembro, estivemos também presentes na 4ª Conferência Nacional de Gestão do Trabalho e Educação na Saúde, recém-realizada em Brasília, entre os dias 8 e 13. Diversos movimentos puderam conhecer a plataforma e saber como criar suas histórias.

Assim, estimulando e criando histórias, redes de colaboração e laços de afeto em prol das pautas dos movimentos sociais brasileiros, seguiremos para o ano que já se avizinha, na expectativa de potencializar as lutas populares e fortalecer o Sistema Único de Saúde, o nosso SUS, e o direito à Saúde. Por um 2025 com mais histórias e conquistas dos movimentos sociais da saúde. Siga conosco, fazendo parte dessa história coletiva e colaborativa.