Dicionário de Favelas Marielle Franco
O Dicionário de Favelas Marielle Franco é uma plataforma virtual de acesso aberto par a a coleção e produção de conhecimentos sobre favelas e periferias. O projeto busca estimular a coleta e construção coletiva do conhecimento existente sobre as favelas e periferias de todo o Brasil, por meio da articulação de uma rede de parceiros, tanto nas academias quanto nas instituições produtoras de conhecimentos existentes nos próprios territórios.
Sobre o projeto
Lançado em 2019, no Instituto de Comunicação e Informação Científica em Saúde (ICICT-Fiocruz), começou a ser formulado em 2016 através de uma rede formada por lideranças comunitárias, instituições acadêmicas e coletivos locais que hoje compõem o Conselho Editorial. O Dicionário de Favelas Marielle Franco se baseia em uma plataforma virtual aberta, gratuita e livre que funciona de forma colaborativa, reunindo conhecimento sobre as favelas e periferias em formato de verbetes que podem ser enviados por qualquer um(a) que esteja inscrito(a) como colaborador(a). O projeto, com isso, tem como objetivo favorecer a preservação da memória e identidades coletivas dos(as) moradores(as) das favelas e periferias do Brasil (e do mundo), como parte do compromisso com a expansão da cidadania e do direito à cidade.
E, para além da plataforma, espaço de compartilhamento de conhecimentos, o projeto também realiza oficinas, grupos de estudo, ciclos de debates e cursos de formação, visando a ampliação do acesso a tecnologias e saberes que permitam que todos(as) sejam capazes de contar e preservar suas memórias, incidindo politicamente sobre o futuro das cidades.
Marielle Franco
Marielle Franco é homenageada pelo Dicionário de Favelas por sua luta em defesa dos direitos humanos, em especial das mulheres negras, dos moradores de favelas e da população LGBTQIA+. Ela foi eleita em 2016 com expressiva votação como vereadora da cidade do Rio de Janeiro aos 37 anos e vinha se consolidando como uma liderança política inconteste na defesa de valores democráticos e práticas políticas coletivas, que mobilizaram a juventude.
Nascida e criada na favela da Maré, estudou sociologia e tornou-se mestre em administração pública com dissertação sobre a política de segurança conhecida como UPP – Unidades de Polícia Pacificadora. Entusiasta do Dicionário de Favelas, contribuiu com um verbete sobre esse tema (UPP - A redução da favela a três letras).
Marielle foi executada em 14 de março de 2018 em um bárbaro crime político, ainda não elucidado. Buscaram calar sua voz, assim como o fizeram com a de tantas outras lideranças populares. Mas, sua trajetória deixou muitas sementes e o Dicionário de Favelas se compromete a difundir os valores pelos quais ela viveu e morreu.
O Conselho Editorial
O Conselho Editorial do Dicionário de Favelas Marielle Franco é composto por representantes das instituições que deram início ao projeto. O Conselho é responsável pela linha editorial e pela mobilização de novos parceiros e instituições.
Coordenação
Sonia Fleury (Fundação Oswaldo Cruz - Fiocruz)
Membros do conselho
- Alan Brum Pinheiro (Instituto Raízes em Movimento)
- Cláudia Rose Ribeiro da Silva (Centro de Estudos e Ações Solidárias da Maré - CEASM)
- Claudia Santiago (Núcleo Piratininga de Comunicação - NPC)
- Cleonice Dias (Programa de Desenvolvimento do Campus Fiocruz da Mata Atlântica - Fiocruz)
- Pedro Claudio Cunca Brando Bocayuva Cunha (Universidade Federal do Rio de Janeiro - NEPP/DH)
- Iara Oliveira (Alfazendo - Cidade de Deus)
- Itamar Silva (Grupo ECO - Santa Marta)
- Luiz Antonio Machado, in memoriam (Universidade Estadual do Rio de Janeiro - UERJ)
- Marcia Leite (Universidade Estadual do Rio de Janeiro - UERJ)
- Orlando Santos Jr (Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano e Regional - IPPUR/UFRJ)
- Rodrigo Murtinho (Instituto de Comunicação e Informação Científica e Tecnológica em Saúde - ICICT/Fiocruz)
- Tania Santos (Instituto de Comunicação e Informação Científica e Tecnológica em Saúde - ICICT/Fiocruz)
Outros participantes
Participaram do Conselho Editorial em outros momentos: Maria de Lourdes da Silva e Adalton Pereira, à época representando o Centro de Estudo e Ações Culturais e de Cidadania em Cidade de Deus - CEACC.
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