Movimentos sociais se mobilizam pela Saúde no RS: mudanças entre as edições
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Edição das 14h13min de 6 de setembro de 2024
O papel dos movimentos sociais na promoção da saúde ganhou um capítulo de destaque no Rio Grande do Sul, estado que sofre com enchentes desde maio – cujos impactos ainda se farão notar nos próximos meses.
A solidariedade se fez notar uma vez mais entre os movimentos, como nos casos do MST e da CUT-RS, ouvidos pelo MapaMovSaúde.
Primeiro bebê nascido em um acampamento do MST e hoje médico graduado em Cuba, por intermédio de bolsa-convênio entre o Movimento e o governo daquele país, Marcos Tiaraju esteve em uma das áreas mais afetadas do RS. "Estamos organizados enquanto brigada do movimento social, do MST, com profissionais de diversas áreas, incluindo médicos, agentes comunitários de saúde, massoterapeutas, pessoas com conhecimento em Fitoterapia e diversos outros saberes populares, para fazer o atendimento da nossa população assentada", relatou o médico, que esteve oferecendo consultas médicas dentro da Cooperativa dos Trabalhadores Assentados da Região de Porto Alegre (Cootap), no Assentamento Integração Gaúcha (IRGA), localizado em Eldorado do Sul.
Leka Rodrigues, assistente social e integrante da Direção Nacional do Setor de Saúde do MST explicou que a Brigada de Saúde do movimento atua na linha de frente, oferecendo atendimento médico, psicológico e orientação de saúde durante a reconstrução do território atingido pelas enchentes. "Nossa brigada de Agentes Populares de Saúde está aqui colaborando na reconstrução da vida", concluiu.
A solidariedade também esteve presente entre as bases e direções sindicais de trabalhadores. De acordo com o secretário de Saúde do Trabalhador da CUT-RS, Julio Jesien, por exemplo, o Sindicato dos Trabalhadores na Saúde no Rio Grande do Sul (Sindisaúde-RS) consultou a categoria e formalizou uma negociação para facilitar o trabalho voluntário dos profissionais da área que atuam em Porto Alegre, com garantia de seus direitos.
"Os trabalhadores da saúde queriam poder cuidar da população durante a enchente sem terem seus direitos atropelados. Conseguimos formalizar isso na base do Sindicato dos Hospitais", relatou.