Lançamento da plataforma Wiki do MapaMovSaúde mobiliza autoridades e movimentos sociais

De Mapa movimentos
Lançamento MapaMovSaude - Crédito - Matheus Damascena-MS
Lançamento MapaMovSaude - Crédito - Matheus Damascena-MS

Uma importante ferramenta para auxiliar na mobilização social e na visibilidade das lutas sociais da saúde, por meio de estratégias digitais alimentadas e direcionadas pelos próprios movimentos. Este é o Mapa Colaborativo dos Movimentos Sociais em Saúde, cuja sua plataforma digital foi lançada no último dia 12,durante a 358º Reunião Ordinária do CNS, em sessão especial realizada na Organização Pan-Americana de Saúde (Opas), em Brasília.

A Plataforma é uma iniciativa do Ministério da Saúde, em parceria com o Conselho Nacional de Saúde (CNS), Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e Instituto de Comunicação e Informação Científica e Tecnológica em Saúde (ICICT) é um marco na busca por um Sistema Único de Saúde (SUS) mais participativo, que valoriza a força dos movimentos sociais. O projeto foi lançado durante a 17ª Conferência Nacional de Saúde, em julho do ano passado, e agora ganha sua materialidade na internet.

A atividade reuniu autoridades políticas e sanitárias, movimentos sociais organizados e gestores de diversas áreas do Ministério da Saúde e foi organizada em dois atos.

A mesa das autoridades contou com a abertura de Tulio Franco, da operativa da Frente Pela Vida, que falou sobre a importância da ferramenta em colocar os movimentos de saúde em visibilidade e em diálogo com o sistema de participação social. “São ferramentas e movimentos que se somam”.

Rodrigo Murtinho, diretor do Instituto de Comunicação e Informação Científica e Tecnológica em Saúde, da Fundação Oswaldo Cruz (ICICT/Fiocruz), ressaltou a validade da plataforma como uma aprendizagem e apropriação das tecnologias digitais pelos movimentos sociais “o que é fundamental para que a gente avance”.

Fernando Pigatto, presidente do CNS, frisou a importância de um mapa vivo e em movimento para poder dialogar com o controle social e revigorar a inserção da sociedade nas políticas do Sistema Único de Saúde. “Ter movimentos fortes significa ter um alicerce para uma democracia forte e um SUS mais fortalecido”.

A fala de Pigatto foi seguida pela saudação de Júlio Pedroza, coordenador de Sistemas e Serviços de Saúde do escritório da OPAS e da OMS no Brasil, que felicitou a relação da iniciativa do MapaMovSaúde com a construção de uma democracia real. “Nós, da Opas, estamos convencidos de que movimentos sociais são o motor que desenvolvem o SUS”.

O secretário-executivo do Ministério da Saúde, Swedenberger Barbosa, representando a Ministra Nísia Trindade, que estava em viagem oficial. Barbosa destacou a riqueza e representatividade do lançamento. “Esse movimento representa a sociedade viva. Temos muito orgulho em construir o Brasil com a gestão pública em consonância com a sociedade e movimentos sociais organizados”, afirmou o secretário-executivo.

A fala final da mesa das autoridades foi de Márcio Macedo, ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República, que avaliou o lançamento do mapa como um símbolo importante para a consolidação de um ciclo que se iniciou a partir do resultado das urnas na última eleição. “Isso que está sendo construído a várias mãos, para elaborar, discutir e debater políticas públicas, é a interferência direta da sociedade do meu país na construção de políticas públicas”.

Conectividade, inclusão e diversidade

A segunda parte trouxe os desafios políticos e técnicos do Projeto. Chefe da Assessoria de Participação Social de Diversidade do Ministério da Saúde, Lucia Souto reforçou o propósito político do MapaMovSaúde de dar visibilidade ao vigor e criatividade dos movimentos sociais em saúde com sujeitos políticos da construção da saúde como direito de cidadania em sentido amplo, na perspectiva da determinação social do processo saúde-doença. “Em sintonia com o sistema de participação social do governo federal, nossa plataforma irá conectar essas organizações e aperfeiçoar a participação social e mobilização da sociedade. São inúmeras experiências e demandas; é hora de irmos ao encontro do povo brasileiro”, disse Lucia Souto.

Francisca Valda, conselheira nacional de saúde representante da Associação Brasileira de Enfermagem (ABEN), destacada para acompanhar a coordenação geral do projeto pela mesa diretora do CNS, ressaltou a concretude do projeto. “Nosso modelo de participação social aposta no MapaMovSaúde como uma ferramenta de ação efetiva na internet e nos territórios, não para diletantismo ou tema para virar paper de pesquisa. É pesquisa-ação, pesquisa para transformação social”.

Por fim, Marcelo Fornazin, pesquisador da Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca (ENSP/Fiocruz) e coordenador técnico do Projeto, apresentou o histórico da concepção e à realização do Mapa Colaborativo dos Movimentos Sociais em Saúde, que ganha agora materialidade com a plataforma MapaMovSaúde, seguido das complementações acerca da governança política e executiva e dos desafios e frentes já previstas na comunicação e mobilização, apresentadas, respectivamente, por Natalia Fazzioni, Bruno Cesar Dias e Priscila Oliveira.

Assista à íntegra a cerimônia de lançamento transmitida e registrada no canal do Ministério da Saúde no YouTube.

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