Frente Pela Vida

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A Frente Pela Vida foi lançada em 29 de maio de 2020, em meio à pandemia de Covid-19, marcando a união de diversas entidades da sociedade civil em defesa da democracia, da ciência e do Sistema Único de Saúde (SUS). Além da crise sanitária, o Brasil enfrentou uma grave crise política, com muitos retrocessos e ameaças aos direitos e à cidadania; tendo a Frente como uma estratégia social e política de atualização do movimento pela Reforma Sanitária Brasileira.

Diante do desgoverno de Jair Bolsonaro e seu projeto de desmonte das políticas sociais no momento em que tais ações eram mais necessárias, entidades do movimento sanitário como a Abrasco, Cebes, Rede Unida e Sociedade Brasileira de Bioética realizaram a Marcha Pela Vida, em 9 de junho de 2020, uma grande mobilização que reuniu mais de 600 entidades e organizações da sociedade civil, num processo de mobilização virtual que reivindicou a priorização da produção de vacinas e de uma política social robusta para o enfrentamento da pandemia, mobilizando lideranças políticas, científicas, culturais e populares.

A Marcha Pela Vida culminou na construção do Plano Nacional de Enfrentamento à pandemia de COVID-19, uma plataforma científica que discorreu desde os aspectos biomoleculares e clínicos provocados pelo betacoronavírus SARS-CoV-2 em sua interação humana, o panorama epidemiológico àquela altura da pandemia, apontando estratégias epidemiológicas e sociais para reduzir a transmissibilidade do vírus e as dimensões ecossocial e bioética da emergência em Saúde Pública de relevância internacional. O Plano Nacional ganhou versões executivas, em espanhol e inglês e foi apresentado à CPI da COVID-19, do Congresso Nacional, ao Supremo Tribunal Federal e a Corte Internacional Penal, em Haia, exigindo a responsabilização criminal de Jair Bolsonaro pelo envolvimento indireto em mais de 200 mil vidas brasileiras perdidas à época.

Ainda em 2020, a Frente lançou a campanha "O Brasil precisa do SUS", cujo objetivos foi evidenciar o papel do sistema de saúde universal como política pública que evitar um genocídio de proporções ainda maiores, e cujo financiamento adequado se faz fundamental para a continuidade do direito à saúde. A campanha articulou a sociedade civil a pressionar o Congresso Nacional pela manutenção do piso emergencial da Saúde

No ano seguinte, em 9 de junho de 2021, foi realizada a 2ª Marcha Pela Vida, num sentimento de luto pelas então mais de 500 mil vidas perdidas à época.


Em 2022, a Frente Pela Vida organizou a Conferência Livre, Democrática e Popular de Saúde, num processo horizontal e nucleado a partir de mais de 90 conferências locais e temáticas preparatórias em cerca de 20 estados da federação, culminando na etapa nacional realizada em 5 de agosto de 2022, em São Paulo, e com grande papel de incidência política na 17ª Conferência Nacional de Saúde, realizada em 2023.

A Frente pela Vida está baseada nos seguintes pilares:

  • O direito à vida é o bem mais relevante e inalienável da pessoa humana, sem distinção de qualquer natureza;
  • O Sistema Único de Saúde (SUS) é instrumento essencial para preservar vidas, garantindo, com equidade, acesso universal e integral à saúde;
  • A solidariedade, em especial para com os grupos mais vulnerabilizados da população, é um princípio primordial para uma sociedade mais justa, sustentável e fraterna;
  • É imprescindível para a vida no Planeta a preservação do meio ambiente e da biodiversidade, garantindo a todos uma vida ecologicamente equilibrada e sustentável;
  • A democracia e o respeito à Constituição são fundamentais para assegurar os direitos individuais e sociais, bem como para proporcionar condições dignas de vida para todas as brasileiras e todos os brasileiros.

Saiba mais no site da Frente Pela Vida Acesse o livro “FRENTE PELA VIDA: em defesa da vida, da democracia e do SUS”